Até junho deste ano, cerca de 24 mil pessoas aguardavam na fila à espera de um rim para transplante, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Isso porque o procedimento é o principal tratamento para portadores de insuficiência renal terminal capaz de melhorar a qualidade e o tempo de vida dos pacientes que ainda dependem da hemodiálise.
Os transplantes renais avançaram muito ao longo dos anos, em vários aspectos. No que diz respeito ao procedimento cirúrgico para o implante renal, destaca-se a inclusão da cirurgia robótica.
O dr. Fransber Rodrigues, urologista especialista em transplante renal do Hospital Brasília, explica como eles acontecem na prática e beneficiam os pacientes: “Os transplantes robóticos são realizados por meio de pequenas incisões, por onde são introduzidas pinças robóticas e uma câmera, controladas a distância pelo cirurgião, por intermédio de um console. Além de facilitar o trabalho do médico que está operando, a técnica também beneficia o paciente, porque oferece maior precisão nos movimentos e melhora a visibilidade do campo cirúrgico, minimizando os efeitos colaterais associados a qualquer operação. Ou seja, causa menos trauma, menos dor, menor risco de complicações relacionadas com grandes incisões e permite uma recuperação mais rápida.”.
A tecnologia robótica já vem sendo utilizada em vários hospitais de excelência pelo mundo e, segundo o dr. Fransber, pode mudar a forma como se fazem transplantes, trazendo melhores condições de vida para muitos pacientes.