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Nefrologia

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Desidratação prejudica o funcionamento do organismo

A desidratação pode ser leve, moderada ou grave. Em geral, recomenda-se buscar atendimento médico se houver sinais de alerta como falta de ar e confusão mental.
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Dr. Pedro Mendes Filho - Nefrologista Atualizado em 04/02/2025

Tratamento é baseado na reposição de líquidos, que pode ser oral ou intravenosa

A desidratação pode trazer uma série de complicações à saúde, sendo mais nociva principalmente a crianças e idosos. É muito importante que os pacientes busquem atendimento médico se apresentarem sinais de alerta como falta de ar, confusão mental, entre outros.

Desidratação: o que é?

Os líquidos são fundamentais para o bom funcionamento do corpo: eles são necessários para regular a temperatura corporal, auxiliar na digestão e contribuir para a eliminação de resíduos, além de proteger órgãos e tecidos. Quando não há líquidos em quantidade suficiente no organismo, configura-se um quadro de desidratação.

Vale dizer que o corpo perde água constantemente por meio de processos normais, como transpiração, respiração, lacrimação, micção e evacuação. Para manter o equilíbrio, é necessário repor os líquidos pela ingestão de bebidas, principalmente água, e de alimentos ricos em água.

Níveis da desidratação

A desidratação pode ser leve, moderada ou grave, a depender da quantidade de líquido perdido e da sensibilidade do paciente (crianças e idosos, por exemplo, tendem a ser mais sensíveis a esse tipo de problema).

Os sintomas e as abordagens terapêuticas variam conforme a gravidade da condição. Muitas vezes, casos leves podem ser solucionados por meio de um maior consumo de água. Já casos moderados ou graves podem necessitar de reposição intravenosa de fluidos e outras medidas complementares.

O que causa a desidratação?

Diversos fatores podem causar desidratação, incluindo:

Pouca ingestão de líquidos; Diarreia; Vômitos; Febre alta; Suor excessivo; Micção excessiva; Uso abusivo de diuréticos; Álcool.

Portanto, a desidratação pode estar associada a alguma doença ou algum medicamento (que cause diarreia, vômitos, febre e micção excessiva) ou a hábitos inadequados (como baixo consumo de água e prática de atividades físicas sob calor intenso).

Sintomas da desidratação

A desidratação, quando branda ou moderada, pode gerar:

  • Sede excessiva;
  • Dor de cabeça;
  • Boca seca;
  • Pele ressecada;
  • Urina amarela escura;
  • Cansaço.

Já quadros graves de desidratação podem cursar com:

  • Confusão mental;
  • Desmaio;
  • Falta de ar;
  • Tontura persistente;
  • Batimento cardíaco acelerado.

Riscos

Em um episódio de desidratação, há perda não só de água, mas também de sais como sódio e potássio. Todas essas substâncias contribuem para o bom funcionamento do organismo. Sem elas, uma série de funções podem ser comprometidas, sobretudo em crianças e idosos.

A desidratação pode evoluir, por exemplo, para problemas nos rins, que necessitam de água para filtrar resíduos e manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo. Em casos graves, pode ocorrer o desenvolvimento de insuficiência renal. Em situações extremas, a desidratação pode levar a convulsões, danos cerebrais, coma e até morte.

Quando procurar por um médico?

Em geral, recomenda-se procurar atendimento médico na presença de sintomas como:

  • Confusão mental;
  • Desmaio;
  • Falta de ar;
  • Tontura persistente;
  • Batimento cardíaco acelerado.

##Como tratar a desidratação?

Muitas vezes, casos leves de desidratação podem ser tratados com a reposição oral de líquidos – ou seja, pela ingestão adequada de água e isotônicos (que podem ajudar pois contêm sais minerais). É importante evitar bebidas com cafeína ou álcool, pois elas podem favorecer a desidratação e atrapalhar o tratamento.

Já em casos moderados ou graves, pode haver indicação de soro intravenoso para repor os líquidos e eletrólitos rapidamente. Além disso, é importante tratar a causa subjacente da desidratação, como infecções e doenças crônicas não controladas (a exemplo de diabetes e doença renal).

Como prevenir?

Prevenir a desidratação envolve a adoção de medidas simples. A principal orientação é beber água com frequência. Adultos, em geral, necessitam de 30 ml de água por kg de peso corporal, o que normalmente corresponde a cerca de 2 a 3 litros de água por dia, mas a quantidade ideal pode variar de pessoa para pessoa. Além disso, vale a pena inserir alimentos com bastante água (como frutas e vegetais) na dieta para manter a hidratação.

Também é fundamental ter maior cuidado em dias quentes ou durante a prática de atividades físicas. Recomenda-se não permanecer muito tempo exposto ao calor, sendo prudente optar por roupas leves e se exercitar em horários e locais mais frescos.

Escrito por
PM

Dr. Pedro Mendes Filho

Nefrologista
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