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Trombocitose: entenda o que é essa condição e os possíveis riscos

A trombocitose pode estar atrelada a um problema na medula óssea ou a outras doenças, como infecções, inflamações e cânceres.
DK
Dr. Diogo Kloppel - Hematologista Atualizado em 20/05/2024

Pacientes com trombocitose apresentam uma quantidade de plaquetas mais elevada do que se considera normal, sendo muitas vezes assintomáticos. O tratamento desse quadro varia de acordo com a causa.

Trombocitose: o que é?

A trombocitose é uma condição caracterizada pelo excesso de plaquetas no sangue. Geralmente, ela se configura quando a contagem está acima de 450 mil.

O que são e qual a função das plaquetas?

As plaquetas (ou trombócitos) são fragmentos de células que atuam na primeira fase da coagulação do sangue. 

Quando uma pessoa se machuca e um vaso sanguíneo é danificado, as plaquetas são ativadas e se aglomeram no local da lesão. Elas trabalham juntas para formar um "tampão" que ajuda a selar o vaso sanguíneo rompido.

Possíveis causas

Na maioria das pessoas, a trombocitose se desenvolve por causa de alguma outra doença já existente. Porém, há alguns casos em que a trombocitose surge devido a um problema na medula óssea.

Tipos de trombocitose

A trombocitose pode ser classificada em dois tipos: trombocitose essencial e trombocitose secundária (sendo esta última a mais comum). 

Trombocitose essencial  

A trombocitose essencial também é chamada de trombocitemia essencial. Ela é considerada uma síndrome mieloproliferativa crônica, ou seja, uma doença em que a medula óssea produz determinadas células (nesse caso, plaquetas) em excesso. 

Trombocitose secundária  

A trombocitose secundária, que é o tipo mais comum, corresponde a uma elevação no número de plaquetas que acontece de forma secundária a algum outro problema ou doença.  Muitas vezes, o aumento de plaquetas é consequência de infecções, inflamações ou cânceres.

Principais sintomas

Geralmente a trombocitose é silenciosa, não causando sintomas. 

As manifestações aparecem apenas quando ocorre a principal complicação dessa doença: a trombose, que está associada a dor, calor, vermelhidão e inchaço na região afetada.

Diagnóstico da trombocitose

O diagnóstico de trombocitose é feito por meio de um hemograma simples. Realizado a partir de uma amostra de sangue, esse exame permite a análise das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).

Riscos

O principal risco da trombocitose é o desenvolvimento de trombose – geralmente venosa, mas também pode ser arterial. 

A trombose consiste na formação de coágulos sanguíneos anormais em veias ou artérias, o que as entope e prejudica a circulação de sangue na área acometida. A maior complicação da trombose, por sua vez, é a embolia pulmonar, que se dá quando um coágulo chega a alguma artéria do pulmão, podendo ser fatal.

Tratamentos para a trombocitose

A trombocitose essencial pode ser tratada com medicações (como hidroxiureia) que destroem plaquetas e, assim, levam a uma queda do número dessas células. O médico que costuma acompanhar pacientes com essa doença é o hematologista

Para tratar a trombocitose secundária, é necessário solucionar a condição de base que a gerou – e, portanto, o médico especialista mais adequado varia conforme cada caso. São utilizados antibióticos em pacientes com infecções, quimioterapia em pacientes com câncer e medicamentos específicos em pacientes com doenças autoimunes.

Escrito por
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Dr. Diogo Kloppel

Hematologista
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Dr. Diogo Kloppel

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